As
críticas estão duramente direcionadas ao poder público que inviabiliza o
crescimento de produções artísticas na região: são poucas as políticas governamentais
para incentivar um projeto de crescimento e incentivo às produções artísticas
desses espaços.
Essa
proclamação por atenção não veio à toa: é um relato da cidade de Itabuna, que já
foi considerada a mais violenta para jovens brasileiros. Onde a cultura não
floresce a violência se fertiliza.
Essa
realidade não é exclusiva da cidade de Itabuna, pois essa conjuntura se repete
pelos interiores de todo o Brasil, afetados pela falta de gestão e compromisso
do poder público com a cultura. Há também uma tal responsabilidade social de
grandes empresas espalhadas por todo o Brasil, que aumentam seus lucros em
diversas cidades interioranas, porém só destinam seus projetos de promoção
cultural e social para artistas e cidades dos grandes centros.
Nesse
desabafo os jovens artistas relatam toda essa factualidade crua, mas a música
não acaba no relato, pois ela avança em propor a descentralização dos
investimentos culturais como o canal transformador para uma modificação social
e cultural. Precisamos que as artes ocupem as escolas, faculdades e outras
instituições, precisamos de espaço na imprensa, nas casas de shows.
Chega de tempos de trevas, dê ao jovem um microfone.