Há demônios e santos
pululando, latejando
na intencionalidade
de falantes ou escreventes.
Leitor e ouvinte
acreditam nisso.
Imaginam coisas
impensáveis, amargas,
duras, inconfessáveis.
Melhor ficar calado,
no adeus à fala e à escrita.
Aí, inventaram a crítica.
Ruy Póvoas
16/5/25
Sobre o autor:
Ruy do Carmo Póvoas (1943) nasceu em Ilhéus. A partir de 1970, fixou residência em Itabuna, onde fundou o Ilê Axé Ijexá, terreiro de candomblé de origem nagô, de nação Ijexá, no qual exerce a função de babalorixá. É licenciado em Letras pela antiga Faculdade de Filosofia de Itabuna e Mestre em Letras Vernáculas (UFRJ). Ruy tem publicado: Vocabulário da paixão, A linguagem do candomblé, Itan dos mais-velhos, Itan de boca a ouvido, A fala do santo, VersoREverso, Da porteira para fora, A memória do feminino no candomblé, Mejigã e o contexto da escravidão, A viagem de Orixalá, Novos dizeres e Representações do escondido. Ocupa a cadeira 18 da Academia de Letras de Ilhéus e é membro fundador da Academia de Letras de Itabuna.
Esses e outros escritos você pode encontrar aqui: Via Editora - Ruy Póvoas , Amazon - Livros de Ruy Póvoas.
Mais informações: Ruy Póvoas